Os pilares que sustentam a social-democracia estão sob ataque desde a ascensão do neoliberalismo
(Foto: Ben Stansall/AFP)
O que até há pouco chamávamos Europa Ocidental era o conjunto de países que, no fim da Segunda Guerra Mundial, ficou sob a influência dos EUA, para cá da “Cortina de Ferro”, como então se designava a linha que separava os países capitalistas dos socialistas, estes sob a influência da União Soviética. A Alemanha ficou dividida em duas, a Oriental e a Ocidental, separadas pelo Muro de Berlim. As duas Alemanhas eram os países mais industrializados dos dois blocos. Terminada a guerra, instalou-se a competição entre os dois sistemas políticos e econômicos vigentes na Europa. A primeira tarefa era a reconstrução, pois a Europa estava arrasada. No lado ocidental, sob a tutela dos EUA, o Plano Marshall foi um vasto projeto de recuperação da Europa, com avultados recursos financeiros, metade.
Além de promover o relançamento da economia capitalista europeia, o programa visava travar a possível expansão para Oeste do comunismo, uma hipótese que na altura era verosímil, dado o crescimento dos partidos comunistas em todos os países europeus o programa visava travar a possível expansão para Oeste do comunismo, uma hipótese que na altura era verosímil, dado o crescimento dos partidos comunistas em todos os países europeus ocidentais. O Plano Marshall foi, assim, um instrumento da Guerra Fria. Essa competição explica que em 1953 se tenha perdoado 70% da dívida externa da Alemanha, dívida por reparações resultantes de ter perdido duas guerras no espaço de 40 anos. >LER MAIS
Conteúdo Original por Carta Capital