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Artigo
A Encruzilhada da Universidade Europeia
Boaventura de Sousa Santos
Revista do SNESup, 41
2011-06-01

Ao refletirmos sobre a universidade europeia, ou mesmo sobre a universidade a nível mundial, este é um momento em que é tão importante olhar para o passado como para o futuro. No caso da Europa, encontramo-nos atualmente bem no meio do processo de Bolonha. É um período propenso a flutuações intensas entre avaliações positivas e negativas, entre o sentimento de que é ou demasiado tarde ou demasiado cedo para alcançar os resultados almejados. Na minha perspetiva, essas flutuações intensas na análise e na avaliação
constituem um sinal de que tudo permanece em aberto, de que o fracasso e o sucesso pairam igualmente no horizonte e de que depende de nós fazer com que um ou o outro aconteçam. O grande filósofo Ernst Bloch escreveu que, para toda a esperança, há sempre um caixão: Heil e Unheil.
Apesar de o nosso objetivo principal ser refletir fundamentalmente sobre a universidade europeia, seria pouco inteligente pensar que os desafios que a universidade europeia enfrenta hoje em dia não estão presentes em todos os continentes, por mais diferentes que possam ser as razões, os argumentos e as soluções propostas.

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Conteúdo Original por Revista do SNESup, 41