«E se eu fosse cego?». Colocados perante esta questão, depressa intuímos o quanto as percepções dominantes da cegueira estão marcadas pelas ideias de incapacidade e infortúnio. Tal como outras deficiências físicas, mas talvez mais dramaticamente, a cegueira seduz o nosso imaginário para uma certa «narrativa da tragédia pessoal», uma lógica fatalista, árdua de desafiar. No entanto, tais representações e mundos simbólicos pouco têm a ver com as experiências, continuadamente silenciadas, de quem conhece a cegueira na carne: as pessoas cegas.
Autor: Bruno Sena Martins
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