Mário Vitória (2013) A liberdade comovendo o povo [tinta da china e acrílico s/papel, 50x65cm]

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Fernando Perazzoli, Flávia Carlet

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Sebastião Salgado

Ana Raquel Matos
Publicado em 2020-04-27

"É necessário sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós", diz-nos José Saramago. Tal com no “Conto da Ilha desconhecida”, este texto é também sobre um homem que sai em busca da sua ilha num tempo em que todos vivem da ilusão de que tudo está cadastrado. “É impossível que não exista uma ilha desconhecida”, dizia o homem de Saramago. Sebastião Salgado, fotógrafo, é, nesta escrita, esse homem que nos dá a conhecer outras ilhas.

 

“Looking back at You”

 

Sebastião Ribeiro Salgado Júnior nasceu em Vila de Conceição do Capim, Aimorés, no interior do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, Brasil, a 8 de fevereiro de 1944, e foi o único filho homem entre oito irmãs. Aos 15 anos de idade mudou-se para Vitória, em Espírito Santo, onde concluiu os estudos secundários e trabalhou na tesouraria da Alliance Française. Aí conheceu Lélia Deluiz Wanick, com quem casou, aos 23 anos, e com quem vive até hoje. Ter-se tornado fotógrafo não foi “O” acontecimento da sua vida. Esse acontecimento tem nome de mulher, chama-se Lélia.  Tem um percurso longo na academia, onde nunca se desviou da Economia. É licenciado pela Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória, e pós-graduado pela Universidade de São Paulo, Brasil. Chegou a frequentar o doutoramento na Universidade de Paris, França, mas não o chegou a concluir.

 

Na juventude, no Brasil, foi influenciado pela política de Esquerda, apesar de assumir no livro de memórias biográficas escrito com Isabelle Francq, não ter aderido ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), mas afirmando ter sido associado da “Acção Popular (AP)”, organização política que lhe permitiu conhecer a luta armada. É a este contexto da juventude que recua e onde radica muitas das suas preocupações sociais, ambientais e antiglobalização. Foi a ditadura militar brasileira, em 1964, e esta intimidade assumida com a esquerda política que conduziram Sebastião Salgado ao exílio em Paris, em agosto de 1969. Paris foi um destino determinado pelo contacto que mantivera com a Alliance Française, mas também porque França era para Sebastião Salgado a pátria dos direitos humanos e da democracia, uma espécie de “terceira opção entre o comunismo e os Estados Unidos” (Salgado e Francq, 2014).

 

Nos primeiros anos de exílio na Europa, a política continuou a marcar os tempos livres de um percurso que deu continuidade à vida académica. Um tempo dedicado ao auxílio de compatriotas clandestinos que chegavam ao país. O seu compromisso com grandes causas sociais recua a esse tempo, beneficiado pelo contacto com organizações sindicais do Partido Comunista, como o Comité Católico contra a Fome e para o Desenvolvimento ou o Serviço Ecuménico de Ajuda-Mútua.

 

A hora mágica

 

Sebastião Salgado encontrou na Economia um início próspero de uma carreira que arrancou em 1968, mas à qual cedo pôs termo, ao fim cinco anos. Como fotógrafo, nasce aos 29 anos de idade pela lente de uma Leica, emprestada por Lélia, durante uma viagem de trabalho a África, ainda como economista. Sebastião Salgado, de facto, não nasceu fotógrafo, tornou-se fotógrafo.

 

 

Entre 1973 e 1975 trabalhou para a Sygma, extinta em 2010, uma das maiores agências europeias da altura, o que lhe permitiu viajar por mais de vinte países, fazendo a cobertura dos mais variados acontecimentos, como a Revolução de 25 de Abril de 1974, em Portugal. De 1975 a 1979 trabalhou na agência Gamma, fundada em 1966 por Hugues Vassal, Raymond Depardon, Hubert Henrotte e Léonard de Raemy, ainda reconhecida por ter documentado Maio de 68 e a Guerra do Vietname. Mais tarde, durante 20 anos e até 1994, colaborou com aquela que ainda é uma das mais prestigiadas agências fotográficas do mundo – a Magnum – fundada em 1947, após a II Guerra Mundial, por nomes gigantes da fotografia, como Robert Capa, George Rodger, David Seymour (conhecido por “Chim”) e Henri Cartier-Bresson. Este último é uma das maiores influências do trabalho de Sebastião Salgado, a par de referências como Richard Avedon, Álvarez Bravo e Graciela Iturbide, que sempre evoca por considerar que com eles partilha uma forma de estar na vida que transformam em fotografia. Para Sebastião Salgado, a própria Magnum simboliza essa maneira de estar. Nascida do alívio com o fim do Holocausto e da curiosidade dos seus fundadores em perceber como pudera o mundo sobreviver, foi a grande responsável por dar a conhecer o que dele tinha sobrado.

 

Foi na Magnum que Sebastião Salgado teve a oportunidade de realizar, durante sete anos, o assombroso registo fotográfico sobre camponeses latino-americanos. Foi também aí, em março de 1981, quando fazia a cobertura fotográfica dos primeiros 100 dias de governo do presidente americano Ronald Reagan, que fotografou o pós-atentado de John Hinckley Jr. contra o então presidente dos EUA. Embora tivesse perdido os minutos do atentado para a câmara de Ron Edmonds, Sebastião Salgado captou o momento em que os seguranças de Reagan imobilizavam o atirador, imagem que o catapultou definitivamente para a ribalta. Foi essa fotografia do pós-atentado que lhe garantiu o reconhecimento profissional internacional e lhe proporcionou o necessário desafogo financeiro para fundar, em 1994, com Lélia Wanick, a sua própria agência – a Amazonas Images –, sedeada em Paris, dedicada exclusivamente ao seu trabalho. Na Amazonas Images concretizou o seu primeiro projeto pessoal – uma viagem a África – o continente dos seus afetos, para ele o mais especial e mais completo em culturas, em línguas e em história. África, a irmã gémea do seu Brasil, separada da Pangeia, cujas ondas do oceano Atlântico ainda hoje procuram resgatar, na tentativa de juntar todos os pedaços do mundo que Sebastião Salgado vê como um só.

 

Reconhece hoje, aos 71 anos de idade, que fotografar, mais do que um dom, é um vício, é a sua forma de estar na vida. Fotografar permitiu-lhe ter vivido o que quis viver, ter visto o que quis ver, o que mais o revoltou e o que mais lhe deu prazer, ter conhecido lugares para sempre marcados pelo êxtase de lá ter estado ou o desgosto de um dia os ter pisado.  Entre a retina de Salgado e o trabalho que dá a conhecer fica um assumido e aturado processo de pesquisa, sem pressa, sem data para acabar, sempre pautado pela sua escolha sobre o que quer ver e mostrar. Nenhuma imagem de Sebastião Salgado resulta do mero acaso de “ter lá estado”, mas da opção meticulosa em visibilizar o que acha ser sua obrigação moral e ética.

 

As suas opções são claras e espelham-se nas temáticas a que dá vida em imagens: os problemas habitacionais e condições de vida nos subúrbios de Paris (1978); a integração dos imigrantes nas sociedades de países da União Europeia (1979); as condições de vida dos camponeses e a resistência cultural dos índios e seus descendentes na América Latina (1977-1984); os efeitos da seca na região africana de Sahel (1984-1985); as alterações nas relações de produção do trabalho manual nos principais setores económico em 26 países de todos os continentes (1986-1992); o movimento populacional no mundo (1994-1999); a erradicação global da poliomielite (2001); o projeto Génesis, sobre a fauna, a flora e as comunidades humanas no planeta (2004-2014).

 

Esse seu comprometimento com a subalternidade no mundo não se esgota em exposições de mero registo fotográfico. A sua estratégia de divulgação assume formas variadas. Das exposições mais marcantes que cobrem a sua vasta obra, destacam-se “Vidas Secas”, “Sahel: l’Homme en Détresse”, “Outras Américas”, “Trabalhadores”, “Terra”, “Êxodos”, “África” e “Génesis”. Dos inúmeros livros publicados em várias línguas sobressai “Um Incerto Estado de Graça”, “Um Fotógrafo em Abril”, “Retratos de Crianças do Êxodo”, “O Fim da Polio” e o “Berço da Desigualdade”. Fazem ainda parte do espólio documental do trabalho de Sebastião Salgado filmes e documentários como “L’Aventure Photographique” (de Philippe Azoulay); “Les 100 Photos du Siècle” (de Marie-Monique Robin); “Sebastião Salgado: Looking Back at You” (de Andrew Snell) e “Exodes” (de Alain Taïeb). Sebastião Salgado dirigiu ainda “O Sal da Terra” (de Juliano Ribeiro Salgado, seu filho, e Wim Wenders), nomeado em 2015 para um óscar na categoria de melhor documentário. Radicando o seu trabalho na sua agência, não deixou, ao longo da sua carreira, de estabelecer importantes parcerias, por exemplo, com a ONG Médicos sem Fronteiras, no âmbito do trabalho sobre a seca em África; com a Organização Mundial de Saúde, no trabalho sobre a poliomielite; com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, no trabalho sobre migrações humanas; e com as Nações Unidas e UNICEF, no trabalho sobre crianças desalojadas.

 

Sebastião Salgado é hoje detentor de ineludíveis prémios e distinções honrosas, resultado da consagração da sua excelência profissional, mas sobretudo do reconhecimento da dimensão social e humanitária que o seu trabalho encerra. Destaca-o dos seus pares uma reputação construída a partir de um claro posicionamento político e ideológico marcadamente de esquerda, assim como uma dimensão crítica antiocidental elaborada a partir de uma abordagem pós-colonial. Articula-se com intelectuais de outras áreas, também eles oriundos da periferia do mundo, como José Saramago, Chico Buarque, Mia Couto ou Eduardo Galeano e, como eles, trilha o caminho do reconhecimento à escala mundial afirmando-se a partir de dispositivos que atuam segundo a lógica de mercado. Como eles instrumentaliza o consumo de massas dando a conhecer a humanidade que defende, consciente de que este é o caminho mais fácil para ampliar os efeitos que defende com o trabalho que produz: revelar. Privilegia o investimento em grandes séries fotográficas articuladas a partir de dois grandes artefactos culturais – exposições e livros – que assim massifica no mercado do Norte Global, aos olhos de quem oferece um Sul ignorado, oprimido e desprezado. Mostra-se, por isso, meticuloso no jogo de opções geográficas, temáticas e estéticas, selecionando realidades muito concretas que oferece ao consumo da nossa consciência.

 

Génesis é o seu último trabalho e um presente oferecido a si próprio, com o qual cumpre a promessa antiga de um dia se vir a tornar mais romântico depois de décadas comprometido com o fotojornalismo. Com ele, diz ter concretizado o desejo de fotografar em total e absoluta liberdade, de escolher onde quis ir e de se dedicar ao planeta como resultado da ordem criada pela evolução. Com Génesis diz ainda ter resgatado a paz interior de que os anteriores trabalhos o esvaziaram, reconciliando-se com a espécie humana e renovando a convicção de que a existir um Deus, ele é a Natureza.

 

“The big picture”

 

No trabalho documental que projeta em sequências imagéticas, Sebastião Salgado elabora de forma exímia uma estratégia de confronto, de denúncia e de protesto. Sabe que uma só imagem não basta, porque ela é incapaz de resumir a complexidade de uma situação. O rigor das suas escolhas torna cada fotografia um exemplar único que coloca em confronto dois lados do mesmo mundo. A escolha de cada momento retratado posiciona-nos, deliberadamente, na latitude exata da zona de fronteira que fica entre o preto e branco, entre o Norte e o Sul Global, entre o belo e o horrendo, entre o que julgamos saber e tudo o que, ignorando, desconhecemos. Instrumentaliza, esteticamente, cada fotografia para um confronto intencional com a realidade no seu estado puro, em reconhecimento da imagem como linguagem universal, que dispensa tradução. Daqui resulta o duplo desafio que nos deixa entre mãos: o de algum dia podermos vir a afirmar que uma imagem sua é apenas mais uma foto e o de conseguirmos ficar indiferentes à sua estratégia subversiva, obrigando-nos a gerir emoções num eventual amor ao próximo, à vida, ao mundo.

 

De forma inigualável, decifrou ao longo da sua carreira qual a dose certa de beleza artística a injetar em cada enquadramento fotográfico, a qual mistura com a dose necessária de anestesia capaz de aliviar o impacto visual, mas também de fôlego para nos sustermos no frente-a-frente de que é mero facilitador. É esta a combinação que torna muitas das realidades que retrata suportáveis, seja no extremo da miséria humana ou da beleza natural do mundo. Num contexto em que expor o sofrimento alheio se tornou um lugar-comum, Sebastião Salgado, assume-o como foco e trabalha-o de forma distintiva. Não se afirma como mensageiro do sofrimento capaz de caber numa imagem que diga tudo. Pelo contrário, obriga-nos a encará-lo e a reagir despertando os sentidos. Despreza a imagem capaz de provocar o choque extremo que, pelo excesso, facilmente nos faria cair na indiferença, deixando-nos a sós com as que nos obrigam a refletir sobre “a vida por detrás do rostos” (Salgado, 2000: 4) e a desconstruir a realidade que reproduz.

 

A alteridade é o negativo fotográfico do seu trabalho. Insiste em lembrar-nos que sem a consciência desse outro, a humanidade não começa, porque esse outro é simplesmente o seu começo. Como Isabelle Francq afirma na introdução à sua biografia, “olhar uma fotografia de Sebastião Salgado é experimentar a dignidade humana”. Por isso dispensa cor. Não porque certas realidades não a conheçam ou a mereçam, apenas porque ela distrai a mente do essencial, da dignidade da vida.

 

A mera designação de fotógrafo há muito que não lhe serve. É demasiado estreita para nela caber a extensão da mestria de Sebastião Salgado. Na verdade, ele é o historiador que recria passados, que resgata para a memória os que vão ficando esquecidos. Mostra-nos como cada um desses homens, dessas mulheres, dessas crianças que habitam o planeta – o nosso planeta – são parte estruturante da história universal. De tema em tema, cerze essa outra história da humanidade, feita de vidas que nos invadem o olhar a partir de uma abordagem estética capaz de restituir aos que fotografa o seu estatuto de gente. O seu trabalho não é feito de simples compaixão ‘líquida’ pelo outro, que se esvai no momento em que virarmos o olhar, pois ele sabe como manter essa realidade presente na nossa memória. Sebastião Salgado é também o biólogo que ousou recentemente revisitar as pisadas terrestres de Darwin, reconstituindo a génese das “ilhas desconhecidas” de Saramago. Um caminho em que nos revela a racionalidade própria de cada espécie. É ainda antropólogo etnográfico. Tanto documenta a vida de tribos isoladas da Amazónia como percorre com os nómadas Nenets os caminhos da Sibéria. Cada legenda das suas fotos serve para nos situarmos no espaço e de memória para lembrar a existência de outros conhecimentos.

 

Sebastião Salgado é sociólogo, inigualável na prática de uma sociologia visual que é simultaneamente uma sociologia pública. Amplia realidades e promove a necessidade de um maior engajamento em assuntos e circunstâncias de relevância política e social. Cada foto sua é, por isso, uma pancarta de protesto a partir da qual transmite todo um argumento reivindicativo que dispensa quaisquer palavras. Pratica ainda uma sociologia das ausências (Santos, 2002), visibilizando o que é tido como não existente, tornando-o inesquecível e indelével. Tal como Manoel de Barros, Sebastião Salgado sabe quão difícil é fotografar o silêncio mas, tal como o poeta, ele tenta. Não lhe serve de foco só o silêncio, pois, de forma inigualável, sabe como fotografar a inocência, a dor, a morte vista de perto, a crença, a força.


Concretiza em papel o aspeto do lado de lá da linha abissal (Santos, 2007), em forma de gente, de paisagem, de conhecimentos. Proporciona-nos verdadeiras “zonas de contacto” e posiciona-nos para um diálogo que começa, invariavelmente, por ser interior. Sabe ainda, entre tantas outras coisas, ser um arquiteto de luz, de linhas, de movimento, mas é sobretudo o arquiteto dos vários cantos do mundo. Tal como a “Câmara de Pandora”, de Joan Fontcuberta, a sua lente é uma ponte capaz de nos conduzir à descolonização dos sentidos. Nas realidades que embalsama em papel fotográfico chegamos a sentir a voz e o cheiro de almas perfumadas. As almas de Drummond de Andrade, com cheiro de passarinho quando canta, de sol quando acorda ou de flor quando ri. Gente que nos encara, enchendo-nos de vontade de ouvir, sem relógio e sem agenda.

 

Sebastião Salgado escolheu o caminho mais difícil. Rompeu os cânones da ortodoxia da imagem e mostrou ao mundo retratos de sofrimento. Abandonou o inócuo, sem lugar a retórica, ao vazio, e projetou uma nova estética fotográfica. Esta inversão, com ganhos em paixão, torna-o também mais vulnerável à crítica, à forma como muitos dizem explorar o sofrimento humano, estetizar a miséria, fazendo heróis das vítimas que retrata, despolitizando a dimensão social do que nos mostra. Sugerir, criticando, quaisquer outros parâmetros estéticos às fotografias de Salgado seria retirar a carga narrativa de que são feitas. Sebastião Salgado ousou criar uma gramática visual própria, singular, com a qual nos ajuda a reinterpretar o mundo. À luz do seu trabalho nem todos são vítimas, mas todos podemos ser heróis se equacionarmos alternativas.

 

Cada enquadramento estético que nos oferece, reivindica assim uma ação capaz de elevar a condição humana à dignidade que ela merece. Enquadrar essa realidade numa moldura de compaixão não faz justiça ao seu trabalho. Sem a pretensão de tranquilizar as consciências que desperta para a comiseração, dá destaque a realidades sociais problemáticas, mas não se contenta com a simples legitimação da sua existência. O seu apelo, afinal, é simples. Sebastião Salgado apenas sublinha, a preto e branco, a esperança de que um outro mundo é possível.



Referências


Salgado, Sebastião (2000), Retratos de Crianças do Êxodo. Lisboa: Caminho.
Salgado, Sebastião; Francq, Isabel (2014), Da minha terra à terra. s.l: Individual.
Santos, Boaventura de Sousa (1995), Toward a New Common Sense. Law, Science and Politics in the Paradigmatic Transition. Nova Iorque: Routledge.
Santos, Boaventura de Sousa (2002), “Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências”, Revista Crítica de Ciências Sociais, 63, 237-280.
Santos, Boaventura de Sousa (2007), “Para além do Pensamento Abissal: Das linhas globais a uma ecologia de saberes”, Revista Crítica de Ciências Sociais, 78, 3-46.
 

 

Como citar

Matos, Ana Raquel (2019), "Sebastião Salgado", Mestras e Mestres do Mundo: Coragem e Sabedoria. Consultado a 28.03.24, em https://epistemologiasdosul.ces.uc.pt/mestrxs/index.php?id=23838&pag=23918&entry=29252&id_lingua=1. ISBN: 978-989-8847-08-9