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Destaque Semanal

Algumas pessoas compõem canções, outras pintam quadros ou contam estórias, e há ainda aquelas que fazem revoluções para mudar o mundo. No mar infindável das possibilidades de(...)
Fernando Perazzoli, Flávia Carlet

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Algumas pessoas compõem canções, outras pintam quadros ou contam estórias, e há ainda aquelas que fazem revoluções para mudar o mundo. No mar infindável das possibilidades de(...)
Fernando Perazzoli, Flávia Carlet

 

 

Eduardo Galeano

Fábio Merladet
Publicado em 2021-05-15

Há cento e trinta anos, depois de visitar o País das Maravilhas, Alice entrou num espelho para descobrir o mundo ao avesso. Se Alice renascesse em nossos dias, não precisaria atravessar nenhum espelho: bastaria que chegasse à janela. (Galeano, 1999: 2)

 

E a gente se pergunta: que imagem deslumbrante se erguerá no final dos séculos de medo, quando a realidade deixar de ser um mistério e a esperança um consolo? Quando o poder for de todos e a palavra também, nossas terras, o que dirão? (Galeano, 1993: 70).


1. Galeano
Em um imenso trabalho poético, histórico, épico e fantástico, que reúne a crônica, o conto, a história, a narrativa, o romance e a poesia, os muitos livros de Galeano nos oferecem uma visão densa da condição humana, das múltiplas formas de opressão e da infinita diversidade de experiências de luta e de resistência que ao longo dos tempos se levantaram e seguem se erguendo contra a injustiça e a indignidade no mundo.

 

Com seus contos, que traçam um painel vivo e emocionante de um mundo visto pelo avesso, Galeano recorda o que merece memória. Mas o resgate da memória não é para ele um simples passatempo. Em sua obra, a memória do que fomos surge contra o capitalismo, o colonialismo, o racismo, o machismo e o militarismo que nos impedem de reconhecer nosso rosto múltiplo e luminoso no espelho. Através de suas palavras emergem, desde a perspectiva dos vencidos, os muitos mundos que o mundo é, os muitos mundos que o mundo esconde e, principalmente, os muitíssimos mundos que o mundo deseja ser.

 

Nascido a 3 de setembro de 1940, em uma família católica de classe alta da cidade de Montevidéu, Uruguai, Eduardo Hughes Galeano tinha o sonho de se tornar jogador de futebol. Em sua juventude trabalhou como pintor, desenhista, cobrador, caixa de banco, operário em fábrica de inseticida, diagramador e editor de jornais e revistas. Ainda na década de 60, com o objetivo de escrever sobre a América Latina, Galeano viajou por diversos países em busca de fontes documentais e relatos pessoais do sofrimento e da exploração a que estavam submetidos os excluídos. Nessa longa viagem, Galeano sentiu que tinha a obrigação moral de encontrar uma forma de expressar a dignidade, o brutal sofrimento e a extraordinária beleza das vozes que conheceu. Esse compromisso com os vencidos e a tentativa de encontrar palavras que façam justiça às lutas e resistências dos oprimidos marcará toda a sua obra.

 

Com a publicação de As Veias Abertas da América Latina, em 1971, Galeano tornou-se internacionalmente conhecido. O livro narra com inúmeras provas e fontes documentais, a pilhagem, o saque de recursos naturais, a escravidão, o genocídio, o extermínio, a violência e a exploração colonial que rasgou de ponta a ponta o continente, do século XV até o fim do século XX.

 

Mas a rebeldia de suas palavras teve um alto preço. Depois do golpe de Estado no Uruguai em 1973, Galeano é preso e obrigado a exilar-se na Argentina. No entanto, em 1976, a Argentina também sofre um golpe militar e seu nome é colocado na lista dos “esquadrões da morte” do general Jorge Videla, o que novamente o obriga a exilar-se, dessa vez na Espanha. Seu livro é proibido em diversos países que se encontram em regimes ditatoriais, mas a censura não impede que ele se torne uma referência no imaginário da esquerda latino americana. A escritora Isabel Allende, por exemplo, confessa que no Chile:

Depois do golpe de 1973, não pude levar muita coisa comigo: algumas roupas, fotos da família, um saquinho com barro do meu jardim e dois livros: uma velha edição de Odes, de Pablo Neruda, e o livro de capa amarela, As Veias Abertas da América Latina.2

 

Não sendo um livro que se presta a opiniões desapaixonadas, As Veias Abertas da América Latina, desde sua publicação até os dias de hoje, tem sido promotor de grandes debates e alvo de fortes críticas, sobretudo de grupos mais conservadores que costumam rotulá-lo como “um anacrônico clássico da literatura esquerdista”. Reinaldo Azevedo, por exemplo, um dos colunistas mais famosos da revista Veja define o livro como “uma coleção de lamúrias e desastres em busca de culpados”.3 Uma crítica mais honesta ao seu livro e que o próprio autor reconhece, é que As Veias Abertas da América Latina acaba por reduzir a história da América Latina a uma única dimensão socioeconômica, quando na verdade ela é composta pela ampla multiplicidade de vozes que foram desde sempre oprimidas e subalternizadas pelo discurso hegemônico:

Não sei se a minha boca será digna delas; e sei muito bem que nenhuma obra literária poderia abrangê-las, todas. Mas essas vozes soam tão intensamente, que são uma tentação irresistível. (Galeano, 1990: 110).

 

O fato é que, ao contrário do que muitos imaginam, As Veias Abertas da América Latina nunca foi um ponto de chegada e sim um ponto de partida do pensamento de Galeano. No entanto, mesmo hoje, mais de 40 anos depois de sua publicação, é inegável que ele segue sendo “um livro infelizmente atual”.4

 

2. Das Veias aos Espelhos: a linguagem “de pernas pro ar” e as imprevistas lições dos vencidos
Exilado na Espanha, Galeano dá início a uma outra obra, buscando que sua boca seja digna da multiplicidade de vozes e de experiências que compõem a história da América. Apesar do sucesso de As Veias Abertas da América Latina, algo o incomodava. É bem verdade que seu livro havia sido censurado em diversos países, no entanto, Galeano percebe que para além da censura política imposta pelas ditaduras, há também a opressão econômica que impede a maior parte da população de ler. Mas mesmo que não houvesse censura política e mesmo que os mais pobres tivessem acesso aos livros, há ainda uma censura muito mais sutil, mas não menos perversa, a censura da linguagem: “Nós, os escritores latino-americanos, somos assalariados de uma indústria da cultura que serve de consumo para uma elite ilustrada à qual pertencemos e para quem escrevemos.” (Galeano, 1993: 123).

 

Dessa necessidade de escrever para os que não o podem ler, surge a obra Memória do Fogo, em que Galeano (1985) se esforça para contar a história ignorada da América Latina sob a ótica dos vencidos e dos que foram secularmente explorados, realizando uma verdadeira “historiografia das ausências” preocupada em encontrar e trazer à tona as experiências de dignidade dos vencidos que a história tradicional oculta e ignora, sendo os seus protagonistas aqueles que jamais tiveram voz.

 

Mas a mudança mais significativa de sua nova obra é a linguagem com que a história é contada. Galeano se dedica a reescrever a história do continente americano nos últimos quinhentos anos em uma inclassificável mistura de gêneros que violam todas as regras e convenções da historiografia. A trilogia é fruto de mais de mil fontes documentais e as centenas de histórias contadas são resultado de uma rigorosa base de documentos. Mas, não há em Memoria do Fogo a pretensão da verdade e da neutralidade científica, nem muito menos a arrogante erudição do discurso académico. Afinal, um livro escrito contra a “razão indolente” que “desperdiça as vastas experiências” de resistência e de luta que vêm dos oprimidos não poderia utilizar a mesma linguagem que deseja combater.

 

O discurso académico e científico, junto com seus métodos, suas variáveis, seu rigor, sua erudição e sua pretensão de neutralidade, tem se apresentado como o único legítimo produtor de conhecimentos válidos, desprezando e invisibilizando todas as demais formas de expressão e de comunicação humana que têm lugar no mundo. Por isso, o desafio de combater este “desperdício de experiência” e profanar a aridez da linguagem hegemônica é uma constante em praticamente todas as suas obras. Um belo exemplo dessas tentativas e experimentações é o livro As Palavras Andantes em que, para escrevê-lo, Galeano se associa a José Franscisco Borges, um humilde cordelista do interior do Nordeste brasileiro.

 

Outro bom exemplo de experimentações subversivas contra o cânone acadêmico é o livro De pernas pro Ar: a escola do mundo ao avesso, em que Galeano (1999) mistura géneros, estilos e linguagens para nos falar das “cátedras do medo”, dos “cursos básicos de racismo e machismo”, dos “trabalhos práticos de como triunfar na vida”, das “aulas magistrais de impunidade” e da “pedagogia da solidão”, em uma crítica feroz à forma hegemônica de produzir conhecimento. – “Mas não há escola que não encontre sua contra-escola” – Diz, com razão, o autor.

 

Se, nas obras As Veias Abertas da América Latina e Memória do Fogo seus argumentos estão circunscritos ao continente americano, a partir de O Livro dos Abraços, Galeano começa a romper com os limites da geografia e do tempo para refletir não apenas sobre a América Latina, mas sobre as formas de opressão e as lutas emancipatórias que ocorreram em todos os tempos e em todos os lugares. Esta ousadia do autor é progressivamente ampliada em suas obras como De pernas pro ar: a escola do mundo ao revés e Bocas do Tempo alcançando sua máxima expressão em Espelhos: uma história quase universal.5

 

Ignorando enquadramentos teóricos, citações, metodologias e todos os constrangimentos, limites e formalidades impostos pela academia, Galeano se propõe a recontar a história em uma narrativa épica da aventura humana, num mundo que rende homenagem aos apaixonados, os sonhadores, os humanistas, os utopistas, os poetas, os profetas, os hereges, os rebeldes e os revoltosos, sendo os protagonistas do livro os índios, os negros, as mulheres, os homossexuais, as crianças, os famintos, os camponeses, os operários, os escravos, os torturados, os analfabetos, os deficientes, os ineficientes, os invisíveis, os desprezados, os esquecidos, “os pensadores e sentidores; os curiosos, condenados a perguntar, e os rebeldes, os perdedores e os loucos lindos que têm sido e são o sal da terra.” (Galeano, 2008).



3. Para além da palavra: O ativismo político de Galeano e sua influência nas lutas sociais da América Latina e do mundo
Em 2009, na quinta Cúpula das Américas, celebrada em Porto Espanha, o presidente venezuelano Hugo Chávez oferece, publicamente, um exemplar do livro As Veias Abertas da América Latina em seu primeiro encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O gesto de Chávez foi, obviamente, uma provocação, já que o livro denuncia abertamente a violência e a brutalidade das intervenções Norte-americanas na América Latina, o apoio do EUA às ditaduras militares e as consequências devastadoras do imperialismo em todo o continente. No entanto, o gesto de Chávez demonstra também o impacto e a influência de Galeano na “Revolución Bolivariana” levada a cabo na Venezuela.

 

A “Revolución Bolivariana” não é a única experiência contra-hegemônica a buscar inspiração nas obras de Galeano. Como seus livros são verdadeiras homenagens às experiências de luta e de resistência ao capitalismo, ao colonialismo e às múltiplas formas de opressão, boa parte dos movimentos de libertação e governos progressistas de diversas regiões do mundo foram influenciados por suas obras.

 

Ainda na década de 60, Galeano entrevistava o guerrilheiro Cesar Montes nas selvas da Guatemala; em 1975 e 1978, Cuba lhe oferece duas vezes o prêmio “Casa de las Américas” e a Lannan Foundation lhe ofereceu o "Cultural Freedom Prize", destinado às “pessoas cuja extraordinária e corajosa obra celebra o direito humano à liberdade de imaginação, investigação e expressão"; em 1988, no Chile, em plena ditadura do general Augusto Pinochet, Galeano realiza a abertura do Festival Internacional “Chile Cria” com um vigoroso discurso a favor da campanha “Nós dizemos Não”, que acabou por contribuir para o fim do regime militar;6 Desde a selva de Lacandona, em 1995, na região de Chiapas, ao Sul do México, o Subcomandante Marcos, do Exército Zapatista de Libertação Nacional, o convida para o “Primeiro Encontro Internacional pela Humanidade e contra o Neoliberalismo”; presente desde a primeira edição do Fórum Social Mundial em 2001, foi convidado para um debate histórico do evento de 2005, que contou também com a presença de José Saramago e Ignácio Ramonet; em 2006, Evo Morales, o primeiro Presidente indígena das Américas, o convida para discursar na sua cerimônia de posse na Bolívia; e em 2011, apesar do câncer que teve alguns anos antes, esteve presente nas ocupações realizadas pelos “indignados” de Madrid e Barcelona, onde afirmou que manifestações como essas são “o testemunho de que viver vale a pena”.7

 

Os livros e intervenções políticas de Galeano tem também tido uma importante influência no mundo árabe, pois o autor assume um forte ativismo contra o horror das guerras levadas a cabo pelas potências militares no Médio Oriente; a favor do Sahara Ocidental, território ocupado por Marrocos há mais de 20 anos, e que o autor chama de “a última colônia da África”8; e a favor da causa palestina, denuncia as sistemáticas violações de direitos humanos e convenções internacionais cometidas pelo Estado de Israel que, “jamais cumpre as recomendações e as resoluções das Nações Unidas” (Galeano, 2012: 132).

 

No entanto, apesar do sucesso de seus livros e do impacto político e social que suas palavras e seu ativismo tiveram nos movimentos de libertação e nos governos progressistas da América Latina e do Mundo, Galeano segue sendo um autor praticamente ignorado pelas ciências sociais que, em geral, descredibilizam a força e a beleza de suas diversas obras pelo simples fato de ele não ser um intelectual acadêmico e seu pensamento não ser expresso na fria e árida linguagem formal da ciência.9 É bastante sintomático perceber a inexistência de intelectuais que escrevam sobre ele ou dialoguem com sua obra dentro das ciências sociais, e não deixa de ser curioso perceber que isso ocorre justamente porque Galeano pretende se aproximar dos movimentos sociais ao optar por uma linguagem apaixonada e abertamente militante em suas obras.

 

Em geral seus livros são tratados com certo desprezo e arrogância pela academia como textos de literatura e de ficção, descredibilizando todo o seu trabalho e as contribuições de seu pensamento para a “reinvenção da emancipação social”. No entanto, ao buscar se aproximar dos que sofrem e dos que lutam por outros mundos possíveis, Galeano inaugura uma nova linguagem que diz de forma lírica, poética e apaixonada, muito do que a teoria crítica e o pensamento pós-colonial têm produzido na linguagem formal e, convenhamos, inacessível, da academia.10 Ignorar a riqueza e as potencialidades dessa nova linguagem é, sem dúvida, um enorme “desperdício de experiência” e o que a obra de Galeano vem nos alertar é que se nossas palavras não puderem ser compreendidas e apropriadas pelos oprimidos, essas palavras são conhecimento-lixo.

 

Por fim, penso que a maior contribuição que Galeano nos oferece são as imagens desestabilizadoras que suas obras contêm. Através de suas crônicas e histórias, são criadas imagens do passado que nos provocam uma perplexidade indignada, tornando o presente uma fonte de revolta, porque tal passado continua a ocorrer e porque as injustiças geradas por ele podem ser evitadas pela iniciativa humana.
As teorias críticas e pós-coloniais, se quiserem mesmo dialogar com os que sofrem, enxergando nas palavras uma forma de resistência, de luta e de transformação; e se quiserem mesmo superar o imenso fosso entre a teoria produzida pelos intelectuais e as práticas sociais produzidas pelos movimentos que lutam em todo o Mundo contra as múltiplas faces da opressão, terão que construir imagens e linguagens desestabilizadoras capazes de traduzir o absurdo injusto do sofrimento humano de modo a torná-lo inaceitável, tal como nos contos e crônicas de Galeano.

 


Após uma longa batalha contra o câncer, com 74 anos, Galeano faleceu a 13 de abril de 2015. A morte crê que o derrotou. Mas, ela desconhece, é claro, a quantidade de Eduardos e de Galeanas que nasceram das palavras desse homem, não fazendo  ideia de que não será assim tão fácil vencê-lo. Afinal, como ele próprio diz: “Viaja a voz que, sem a boca, continua”.

 

 

Notas

1 “Os comentários mais favoráveis que o livro recebeu, não provêm de nenhum crítico literário de prestígio, mas das ditaduras militares que o elogiaram, proibindo-o.” (Galeano no posfácio da edição brasileira de 1978). 

2 Isabel Allende no prefácio da edição brasileira de As Veias Abertas da América Latina.

3 A coluna de Reinaldo Azevedo sobre o livro de Galeano foi publicada na revista Veja em 29/04/2009 e pode ser visualizada no site da revista: http://veja.abril.com.br/290409/p_136.shtml. Acessado em: 04/01/2014.

4 Forma com que o próprio Galeano define As Veias Abertas da América Latina no prefácio da edição comemorativa de 40 anos da obra.

5 O próprio Galeano diz que “com o passar do tempo fui apagando fronteiras, e cada vez me sinto mais livre dos mapas do mundo e do tempo: conto tudo que eu penso que merece ser contado e disseminado ocorra onde quer que ocorra e quando quer que ocorra: na América Latina ou onde e quando seja.” Entrevista disponível em: http://www.lpm.com.br/site/default.asp?TroncoID=805133&SecaoID=500709 &SubsecaoID=0&Template=../artigosnoticias/user_exibir.asp&ID=846191. Acessado 04/02/2014.

6 O lema da campanha chilena contra o ditador Augusto Pinochet acabou tornando-se título de sua obra Nós Dizemos Não (Galeano, 1990).

7 Entrevista de Galeano aos “indignados” de Barcelona. O vídeo encontra-se disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=mdY64TdriJk. Acessado em 10/01/2014.

8 Vídeo disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=PFvYccqd8nM. Acessado em: 13/02/2014.

9 Na mesma entrevista aos indignados, quando chamado de intelectual, Galeano responde: “Eu não sou um intelectual. Os intelectuais me dão pena... Eu não quero ser um intelectual. Os intelectuais são os que divorciam a cabeça do corpo e eu não quero ser uma cabeça que rola por aí.”

10 “Provoca-me engulhos, confesso, ler alguns trabalhos valiosos de certos sociólogos, politicólogos, economistas ou historiadores. A linguagem hermética nem sempre é o preço inevitável da profundidade.” (Galeano, 1978: 186).

 

 

Referências 
Galeano, Eduardo (2012), “Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos”, Revista Fórum, 27/11/2012.
Galeano, Eduardo (2008), Espelhos. Uma história quase universal. Porto Alegre: L&PM.
Galeano, Eduardo (1999), De pernas pro ar: A escola do mundo ao avesso. Porto Alegre: L&PM.
Galeano, Eduardo (1993), Ser como Eles. Rio de Janeiro: Revan.
Galeano, Eduardo (1990), Nós dizemos não. Rio de Janeiro: Revan.
Galeano, Eduardo (1985), Memória do Fogo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Galeano, Eduardo (1978), As Veias Abertas da América Latina. São Paulo: Paz e Terra.

 

 

Como citar

Merladet, Fábio (2019), "Eduardo Galeano", Mestras e Mestres do Mundo: Coragem e Sabedoria. Consultado a 13.12.24, em https://epistemologiasdosul.ces.uc.pt/mestrxs/?id=27696&pag=23918&id_lingua=1&entry=34287. ISBN: 978-989-8847-08-9