Em tempos pós-neoliberais quando as lógicas mercantis capitalistas são dominantes, causa conforto encontrar uma obra que elabora e retrata alternativas teóricas e práticas ao caráter hegemônico da economia e suas influências no bem-viver. O conforto, no entanto, se faz mesclado de estranheza. Ao comum dos leitores, e assim me coloco, os saberes sobre economia gotejam de desconhecidas
torneiras da mídia que cotidianamente descarregam flashes sobre indicadores econômicos, câmbio, balanço de pagamentos, dívida pública, risco país. De longe em longe se acelera o fluxo de tais notícias com manchetes sobre turbilhões de tsunamis e ‘crises wallstreeticas’. Nestes tempos, também as noções de democracia aparecem em gotas. De tal sorte que o comum dos mortais se sente responsabilizado pelas agruras do mundo. Vive ele, vivo eu em um país de democracia ‘plena’
ou ‘imperfeita’? Os outros vivem em países de democracias ‘híbridas’! Aqueles outros, os muitos outros, vivem ‘sem democracia’ em regimes autoritários.
Orgs.: Teresa Cunha
Mais Informação AQUI